As empresas do segmento imobiliário fecharam o primeiro trimestre do ano concentrando esforços na redução de seus estoques. Segundo o estudo “Indicadores Imobiliários Nacionais”, feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) em parceria com o Senai, houve um aumento de 22,3% nas vendas das unidades residenciais na comparação com os três primeiros meses de 2017. Por outro lado, o número de lançamentos recuou 30,7%, considerando a mesma base de comparação.
De acordo com o levantamento, 24.712 unidades foram vendidas no primeiro trimestre de 2018, mas apenas 10.574 unidades foram lançadas. A diferença de 14,1 mil unidades significou uma redução de 14% no estoque ao final de março, na comparação com o período imediatamente anterior.
Para José Carlos Martins, presidente da CBIC, “esse resultado mostra que temos um mercado ansioso por comprar imóveis, porém não estamos conseguindo entregar os produtos adequadamente. Em nossa leitura, isso é um problema de falta de crédito”.
Ainda sobre os lançamentos, a região Norte não registrou nenhuma unidade habitacional nova nos três primeiros meses do ano e o Nordeste manteve-se estável, com cerca de 4 mil unidades lançadas. No Centro-Oeste, os lançamentos caíram de 676 para 256; no Sudeste, de 7.548 para 5.245; e no Sul, de 2.905 para 1.056.
Já as vendas tiveram um saldo positivo de 22,3%, com destaque positivo para o Centro-Oeste, que saltou de 1.959 para 3.185 (62,6%), e negativo para o Nordeste, com redução de 716 para 558 unidades (-22,1%).
Fonte: AECweb