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De acordo com o Raio-X Fipezap do segundo trimestre de 2019, que visa traçar o perfil da demanda de imóveis do Brasil, entre os compradores que adquiriram seus imóveis nos últimos 12 meses, 67% declararam ter interesse em utilizar o imóvel para moradia – o maior patamar da série histórica – e 33% informaram ter a intenção de investir, seja para revenda ou aluguel.

Aproximadamente 14% dos respondentes da pesquisa se declararam compradores de imóveis. O resultado representa um avanço de 4 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2018 (10%), além de se consolidar no maior patamar da série desde 2014. A preferência entre os compradores é a aquisição de imóveis usados (65%), percentual próximo do teto da série histórica (66%).

Com relação ao preço dos imóveis atuais, 55% dos respondentes acreditam estarem altos ou muito altos, enquanto 25% consideram os valores razoáveis e 18% baixos ou muito baixos. Os outros 3% não souberam opinar.

A percepção dos altos valores motivou a queda na intenção de compra dos imóveis, já que 26% dos respondentes pretendem comprar nos próximos três meses. O percentual representa queda em relação ao observado no trimestre anterior (29%) e ao patamar constatado há um ano (40%). Este é o menor resultado da série histórica da pesquisa, que começou em 2014.

Apesar disso, em comparação com os resultados apurados nos últimos anos, a percepção de que os preços estão altos tem diminuído. No segundo trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2015, a percepção de que os preços dos imóveis estão altos ou muito altos passou de 78% para 55%.

A pesquisa também analisou a expectativa para os valores dos imóveis nos próximos anos. Conforme o levantamento do segundo trimestre, 27% dos respondentes projetaram elevação nominal nos preços dos imóveis nos próximos 12 meses, 43% acreditam em estabilidade e 16% esperam queda nominal nos preços a curto prazo (16%). O restante (14%) não soube opinar a respeito da trajetória futura dos preços.

Na comparação entre o segundo trimestre do ano passado e o segundo trimestre de 2019, a expectativa média quanto à variação dos preços para os próximos 12 meses apresentou alta, passando de queda nominal de 0,2% para alta nominal de 0,7%. A expectativa, apesar de abaixo do comportamento esperado da inflação para os próximos 12 meses, fornece novos indícios sobre a confirmação no público a respeito da retomada dos preços dos imóveis.

O Raio-X Fipezap do segundo trimestre de 2019 contou com a colaboração de 1.984 respondentes, entrevistados entre 12 e 29 de julho.

 

Fonte: Revista Construa Negócios